22 dezembro 2011

Minha querida Jane Austen

Qual de nós nunca escutou um comentário sequer sobre Orgulho e Preconceito ou sobre qualquer outra deliciosa obra de Jane Austen ? Devo confessar -sorrindo- que estou numa fase um tanto deslumbrada por essa tão habilidosa escritora. Por isso, não me contentando com uma indicação de filme, hoje vou indicar o mais que querido livro que a Martin Claret editou contendo três livros maravilhosos da escritora!

Razão e Sensibilidade conta a história de Marianne e Elinor Dashwood, duas irmãs de temperamentos completamente distintos, mas histórias fortíssimas de ternura e devoção. A Inglaterra é palco da doçura e romantismo de Marianne bem à flor da pele e aos cuidados do carinho e sensatez da equilibrada Elinor. Ambas no entanto vivem enlaces dolorosos e de muito aprendizado.

Orgulho e Preconceito narra particularmente a história de Elizabeth Bennet, a segunda mais velha das outras quatro irmãs. Com detalhes do amor de sua irmã Jane Bennet com Mr. Bingley, o foco são os pensamentos e sentimentos de Lizzy (como alguns amigos e familiares chamam Elizabeth) em um relacionamento confuso e cheio de surpresas com Mr. Darcy. É sem dúvidas um dos livros que inserem cartas mais instigantes entre personagens! Ah! Como a carta de Mr.Darcy me encanta! Leiam para entender.


Persuasão traz aos nossos olhos o romance de Anne Elliot apaixonada pelo jovem oficial da marinha, Frederick Wentworth que à época que lhe pede em casamento era pobre demais para sustentá-la em uma vida insegura no mar. Recusado ele se frustra e somente depois de oito anos e meio após o rompimento do noivado eles se reecontram, já aos 27 anos de idade de Anne. O que acontece no entanto é que Anne nunca deixou de amá-lo. E Wentworth? Cenas dos próximos capítulos!

Adoraria, adoraria de coração que vocês mergulhassem nestes três livros como eu o fiz. Logo comprarei outros romances de Jane Austen e quem sabe? Quem sabe não faço resenhas mais dignas e maiores para cada um desses amores meus. Não podia no entanto tornar esse post tão grande se queria instigá-los à leitura :)
Beijinhos agradecidos sempre, 

09 dezembro 2011

Becoming Jane


Becoming Jane é sem dúvidas um dos meus filmes mais preciosos. Por muitos de nós estarmos então de férias, escolhi mencioná-lo aqui no Lullaby para que possa entrar este meu querido à lista dos filmes especiais também pra vocês!
O filme narra a história de Jane Austen, escritora inglesa na cidade de Winchester. Com delicadeza e ironia sutis a historia da moça Jane é envolvida por um amor tão belo quanto dolorido. Não vou entrar em detalhes  ou descrever demais pois que não acredito ser saudável ficar contando histórias antes mesmo de vê-las.
Pra quem conhece ou já leu algum dos deliciosos livros de Austen, sabe que seus personagens tem problemas, dificuldades, mas finais doces e felizes. É o tipo de livro que incita raciocínio sentimental; o filme, não deixa escapar um milímetro dessa vontade que a escritora tem de fazer que as coisas corram bem. Racionalidade, verdades, julgamentos,opiniões, condutas erradas ou não, delicadeza e sentimentos: se você pensar nisso tudo em um turbilhão de frases bem construídas e sentimentos elaborados chegará a uma parcela de entendimento do que essa doce escritora faz com palavras.
Meu carinho aqui a Jane Austen! Espero que vocês tenham o prazer de assistir este filme,
Gabi

27 novembro 2011

Egoísmo

Pensamentos não fazem bem se ao coração inquietam e martirizam. Não deviam haver asas então que suportassem vôos tão , por vezes, tenebrosos. Ah mentes inquietas, humanas falíveis, que julgam o outro e não ousam perdão. Por vezes a noite, quando as luzes já não estão tão, tão mais perto de mim, vasculho reminiscências de outros dias em minha tela mental. E que tela! Poderia eu pensar em paisagens ou contos sãos, mas muitas vezes me preocupo ou angustio demais com o que não sei se pode ou não acontecer. Filete de sonhos estão escassos em noites assim. Quase não vejo dentro desse breu inquietante os vaga-lumes que conquistei com minhas orações. Dói não é? Querer ser um só em meio a um milhão é irresistível e não convém. Não convém, menina, olhar só pro centro do seu corpo e pensar que dali partem todos os monstros devoradores de quietude.
Segredos sem fim transbordam das multidões. Se você reparar por segundos picados verá lágrima e dor também do outro lado da rua, também do bairro vizinho, também de outros destinos. Mas porque é tão aconchegante afinal se sentir um só? Ah! "Hoje não me contenho em queixas e minhas lágrimas evaporam no calor dos meus pensamentos agitadíssimos." dizia parte de mim outro dia dentro de outros dias.
Sabe, fica mais tranquilo se o ar que respiramos for igual ao ar que os outros respiram.

20 outubro 2011

Sementes

Meu bem,meu bem, vamos ver até quando a grama ainda se deixa molhar sem que as flores brotem. Olha só, pequenino! Escuta! A chuva não impedirá semente alguma de ser lançada ao solo da apatia. Quanta tristeza percebemos daqui! Daqui de onde as vezes nossos peitos recebem filetes de consciência e de onde percebemos que antes de qualquer impedimento existe o próprio eu. O próprio orgulho ferido que não quer ser pisoteado por verdade alguma e que grita - estridente- coisas vãs. Amor, ah amor, respira um pouco mais com a fronte ao teto que lacrimejando nosso alívio ainda tem estrelas sem fim. Mas por que? Misericórdia, dos bons anjos ou sementes que já perdemos? O tempo não deixa de passar pra nós nem pra eles: então respira e espera. Espera e se aconchega nos aprendizados seus que já são princípios de vida silenciosa que sufoca qualquer grito orgulhoso. Canta mais vezes sibilando com o vento que não te amedronta mais e deixa que sua consciência impregne todas as notas dessa oração. E espera.


09 setembro 2011

Em busca de sentido


Li um livro que, de tão belo, quero que vocês possam ler também! Chama-se "Em Busca de Sentido" do senhor Viktor Frankl. Psiquiatra e vivendo na Alemanha nazista da Segunda Guerra, o autor narra a experiência de "não entregar os pontos" em um campo de concentração de Auschwitz. Subnutrição, tifo exantemático e perda de uma identidade material não são motivos no entanto pra não querer continuar seguindo em frente. A partir daí descreve sua psicoterapia, a Logoterapia, que quer dizer, terapia do sentido. Mas que sentido é esse? No campo de concentração , ganhavam-se alguns cigarros por trabalhos extras com bônus dados pelos oficiais da SS. Estes cigarros eram como "moedas" a serem trocados quem sabe por um pedaço de pão ou por um pouco mais da sopa rala que era distribuída. Sabiam no entanto que aqueles companheiros que perdiam esperanças morriam em pouco tempo : começavam a fumar os cigarros. Angústia de estar longe de quem se ama, dormindo em posições desconfortáveis e ao lado de outros homens também reféns da situação em meio a palha, urina e fezes. Nenhum resquício, papel, aliança ou documento para identificação. Trabalhos forçados e sob extremos castigos aplicados por Capos (homens selecionados pela SS por serem crueis e frios) e inexistência de qualquer hipótese de sair daquele lugar algum dia vivo.
A Logoterapia no entanto aponta para uma luzinha, mesmo que tênue nesse furacão de angústia e medo. Todos aqueles que estão ali podem passar a pensar em situações paradoxais que os alivie de certa forma. Certa vez, um clínico geral já de idade, procurou o auxílio de Frankl pois havia perdido o sentido de continuar vivo. Sua esposa, companhia primorosa e motivo de sua paz havia falecido e não conseguia se consolar por nada, caindo em depressão.
- "Ah," disse ele, "isso teria sido terrível para ela; ela teria sofrido muito!" Ao que retruquei: "Veja bem, doutor, ela foi poupada deste sofrimento e foi o senhor que a poupou dele; mas agora o senhor precisa  pagar por isso sobrevivendo a ela e chorando a sua morte."
A Logoterapia proposta por Viktor Frankl mostra que, de uma forma bem simples e citando o senhor Nietzsche que  "Quem tem por que viver pode suportar quase qualquer como.". E esse como pode ser um trabalho, uma distração, um amor ou mesmo a solução de um sofrimento ou angústia.
Por isso, era também necessário olhar de frente a situação, a avalanche de sofrimento, apesar do perigo de alguém "amolecer" e quem sabe, em segredo deixar as lágrimas correr livremente. Não precisaria envergonhar-se dessas lágrimas. Eram o penhor de ele ter a maior das coragens - a coragem de sofrer. Mas pouquíssimos sabiam disso, e só envergonhados admitiam ter-se extravasado em lágrimas de novo. Certa vez perguntei a um companheiro como fizera desaparecer os seus edemas de fome, ao que ele confessou: "Curei-os chorando..."
Me fez bem, acredito que fará bem a vocês ;)
Beijinho,

(Deixo aqui todo meu carinho por vocês que comentam aqui e que me fazem muito bem! Considerem este desenho que fiz como um presente de gratidão, meus amigos tão especiais!)



29 agosto 2011

Suspiro

De todas as noites com menor ou maior quantidade de estrelas, haverão sempre umas ou outras em que os zumbidos mentais me levarão à todas as possíveis não-me-quer pétalas de sono. Ter o corpo desperto e a mente fora de qualquer limite tocável sempre foi muito fácil. Não raro acredito no que penso quando penso que não deveria crer. É como se soassem sinos um tanto atraentes e que fizessem-me mudar de foco. Aliás, essa palavra foco é algo embaçado demais em dias passageiros como tem sido os meus. "Eu, eu, eu". Esse egoísmo em querer ser diferente sem perceber que sou mais uma no meio de um monte de pessoas que sentem bem mais do que eu - ou bem menos - mas por quê, por quê julgar se, afinal de contas, experiências vão ir e vir sem que o dia tenha soado o fim ou que tenhamos nos apercebido delas? Funciona assim: se acredito nas possibilidades de um momento ou outro elas serão bem maiores do que aquelas às quais não dei muito valor. E o que são possibilidades se não um dia bonito lá fora, um sopro de vento que toca o suor, uma gota de chuva que brinca de nos beliscar ligeira... Mais, mais do que isso, mais do que qualquer foco que eu não consiga ter ou mensurar, os dias vão contar independente do meu querer e, o tempo vai ir levando com eles os dias que eu deixei de ter.Creio em fadas, elfos, sílfides e todos os nossos bons e delicados amiguinhos elementais. Creio que se eu peço auxílio, se eu faço uma prece ao Deus que toca a todos nós, que se eu penso com muita fé em todas as preciosidades mais puras que dimensiono existir , que olha! A ampulheta que leva a areia do segundo que não volta mais trás o aprendizado do pedido meu.
Quero ter bons amigos, sabe? Ter sentimentos especiais ou que me façam especial. Qual de nós não quer? Quem afinal é auto-suficiente pra se bastar?
Respira fundo. Isso também passa.

21 julho 2011

Bem no fundo

Águas que vão e voltam formam poças de reflexos que são só nossos. Nossos olhos, nossas mentes são necessariamente convocados a fundo e, em uníssono formam orvalho que escorre por nossas faces. De onde essa música vem? Das raízes que árvores que não vemos ou no vento que sibila insistente, deve ser. O frio que as vezes me abraça e que zig-zag-zeia no sem fim dos meus pensamentos tem hábitos estranhos e inconstantes. É... É mesmo verdade que personalidade é tesourou que se constrói tirando arestas.  Não se pode sentir o que o outro acha certo nem mesmo admitir que o que nós achamos é o melhor - a poça que mira cada um, mesmo que no lodo , reflete imagens que não são iguais.
Já parei a noite pensando no que afinal é o certo. Tentar enxergar o que não convém ou fazer de desentendido tocando o barco da vida adiante. Afinal, não é lícito condenar o que a gente não tem certeza sentir com precisão. Não é certo inclusive querer que o orvalho de nossos olhos e os machucados que, quantas vezes tomaram nossos joelhos, sejam compreensíveis ao que alheio a nós é.
Certo então de que nossas vidas tem rumo solitário mesmo estando em paz no meio de uma porção de sentidos, sentimentos e pulsações,  o que vale mesmo é esperar que exemplo pós exemplo, valha a pena o dia de amanhã.




12 abril 2011

dias de sopro

Posso soar estranha por fazer uma postagem tão logo outra que dizia da lentidão da passagem do meu tempo mas preciso escrever.

Estou cada vez mais empenhada em fazer as coisas darem certo e tomarem seus devidos lugares. Não posso me queixar de detalhes uma vez que minhas convicções são bem maiores do que meus desanimos.

Quero dizer que eu realmente espero que minha demora não seja dada como ausência. Sei que é assim que parece ser mas por favor tente me entender como 'hiperativa' e incansável das mil coisas que faço até que o dia chegue ao fim ou que o sono me perturbe e que eu pense 'poderia ter postado hoje'.

Tem pessoas que eu sinto falta , sabe? Nomezinhos pequenos mas que cabem de forma enorme dentro de mim. Sinto falta de cartas também. Outro dia eu estava revirando minha caixa com várias delas e fiquei lendo algumas que correspondi com uma menina do Rio. A Belle. Éramos mui criancinhas na época e as conversas eram um monte de segredinhos não secretos ou como estávamos, como estava a escola, a roupa que tínhamos comprado... Pra mim foi bem mais que importante esses momentos.
Fico pensando nas vezes que já chorei por causa de amigos que eu fiz nesse computador.Senti cada fibrazinha de dor - que doía mesmo daqui.
Sinto hoje falta de algumas pessoas . Da Bessie que era quem mais me ouvia, do Guga um poeta bem querido, da Eve minha companheirinha de risos sem fim.
Sinto falta de tanta coisa.
E tem tanta coisa pra fazer que não tenho tido tempo pra sentir falta - e ainda assim sinto.

Ainda não abandonei o blog :p
Luv ya.

(Follow my blog with bloglovin)