07 maio 2012

Respeito

Qual o limite entre passividade e orgulho? Quando as vezes uma pessoa me agride de alguma forma e que sentindo-me incomodada preciso trabalhar a mágoa  (pra que não venha a ser psicossomática mais tarde) reflito infinitamente antes de abrir a boca pra contrariar esse pensamento alheio ao meu. Sinto que, como alfinetes - muito agudos e desnecessários as vezes- algumas situações são colocadas em nossas vidas. Aí vem um convívio nem um pouquinho adocicado e muito pelo contrário, impressionante aos nossos sentidos com sinestesia absurda. Ai! repito, ai! Não me resguardo em falsas justificativas ou piedades não cabíveis já que tenho consciência - em migalhas - do quanto sou medíocre e ignorante perante muita coisa. Eu erro, eu erro sentindo o que não queria sentir. Mas erro muito mais e acima de qualquer coisa não abreviando o incômodo que vai sim me fortalecer. Preciso muitas das vezes que fico com algo que não consigo engolir e que me deixa angustiada, colocar em letras o que meu peito sussurra aos berros à minha mente. Insanidade seria não dar ouvidos à dor. Ah, dor. Dor que vem da necessidade de aprender questionando o quanto eu não sei ainda diante de situações que preciso remediar. Até onde é oportuno abaixar a cabeça diante da ignorância e demência assustadoras que as pessoas demonstram ter? Penso que diante das coisas que aprendo e por respeito a cada gota de suor que meu corpo transpirou, assim como por respeito a todos os tombos que levei nessa vida, penso que, ora, ainda há muito o que discernir.

11 comentários:

  1. Adorei, Gabi. Você tem um dom mágico para escrever, de verdade. Vou até linkar seu blog lá no meu! :)
    smack

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    1. Você é muito bondosa em dizer isso! Obrigada, de coração <3

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  2. Você transfere totalmente seus sentimentos à pessoa que lê seus textos... Sério, eu senti na pele tudo o que você mencionou, e me emocionei...
    É um dom lundo, minha querida!

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    1. É, Rêh! Meu objetivo é sempre colocar em lágrima o que incomoda de alguma forma dentro de mim. Aí como nem sempre tenho muito tempo pra entristecer, escrevo.
      Obrigada pelo carinho!

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  3. Quando a gente tem consciência dessas coisas, penso que tudo se torna – nem que seja um pouco – mais fácil. Saber lidar com essas situações diariamente é um processo de aprendizado eterno: nunca se sabe como o outro vai reagir, ou, como você disse, até que ponto devemos abaixar nossa cabeça.

    Te entendo perfeitamente, pequena Gabi. E penso que a gente só consegue respeitar os outros quando aprende a se respeitar. Mas é importante não se entristecer com essas coisas o tempo todo, não deixar que elas tomem uma proporção que não conseguimos controlar.

    Espero que essa sua tristeza passe logo. Você é uma menina bonita demais pra ficar triste por causa de outras pessoas :) ♥

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    1. Mimis disse algo muito especial "a gente só consegue respeitar os outros quando aprende a se respeitar". Tenho aprendido a olhar pequenos traços de ignorância como comportamentos enfermos, sabe? Porque se alguém sabe que algo faz mal pro outro, e sabe que não vai atrair paz agindo de forma inconveniente, o que pode ser se não doente?

      Aí minha busca incessante por pôr ponto em qualquer mágoa que eu absorva. É difícil aceitar mas mágoa, ódio, tristeza só faz mal a quem sente, não a quem provoca :P... esse é o caminho difícil, né Mimis?

      obrigada pelo carinho <3

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  4. Acho legal você refletir, tem pessoas que nunca param pra pensar sobre elas mesmas ou a vida ou nada. Eu estou sempre pensando comigo mesma, às vezes até me perco, haha
    Muitas vezes eu fico quieta perante certas coisas, especialmente quando sinto que não sou compreendida ou me causa mais mal do que bem, falar. Me sinto muitas vezes como uma daquelas pessoas que não tem voz perante os outros.

    Mas ao mesmo tempo que fico calada sei que preciso me expressar e impor limites, não deixar que me desrespeitem.
    Espero que você esteja bem!
    bjs

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    1. Isso de se perder tem sido algo complicado pra mim, em meio a essas introspecções, Vivi!
      Mas é relativo isso de não ter voz. A minha voz é o silêncio na medida em que eu tenho certeza que quem me agride, quando lembrar do que fez vai escutar somente -e por último - sua voz. Não quero ser lembrada como agressora , isso nunca. É algo bom e mesmo precioso agir assim, penso agora.

      Impor limites, estive pensando, a gente impõe por atitudes, sabe? Exemplificando. Consegue me entender? Acho que quando a gente se faz grande por ações e sentimentos nós impomos nosso limites; o que acha?
      Beijinho, Vivi!

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  5. Acho que o essencial é isso, refletir antes de reagir, antes de abrir a boca, direcionar os olhos e pensamentos. Sua reflexão me fez lembrar de uma citação de Aristóteles que levo para a vida inteira:
    "Qualquer um pode zangar-se - isto é fácil. Mas zangar-se com a pessoa certa, na medida certa, na hora certa, pelo motivo certo e da maneira certa - não é fácil"
    Se eu pudesse, escreveria em uma placa e andaria com isso pendurado no pescoço. Me falta muitas vezes.

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    1. É ,Lua.. Preciso refletir muito nessa frase pra ter um pensamento pronto sobre o que penso sobre ela. Vou fazer isso logo e escrever sobre o que penso ...

      Obrigada <3

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  6. É Gabi... Se conhecer é uma das coisas mais difíceis que tenho buscado fazer :P

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